miércoles, 21 de marzo de 2007

"Sinto. Esfrio febre. Sou eu"



"Toda a vida na alma humana é o movimento na penumbra.
Vivemos, num lusco-fusco da consciência, nunca certos com o que somos, com o que nos supomos ser.
Cada um tem a sua vaidade, e a vaidade de cada um é o esquecemento de que há outros com alma igual. A minha vaidade são algumas páginas, uns trechos, certas dúvidas.
A solidão desola-me, a companhia oprime-me. A presença doutra pessoa descaminha-me os pensamentos, sonho a sua presença com uma distracção especial, que toda a minha atenção analítica não consegue definir.
Devaneio entre Cascais e Lisboa. Pedi tão pouco à vida e o tão pouco a vida me negou.
Nos nunca nos realizamos. Somos dois abismos- um poço fitando o céu.
O isolamento talhou-me à sua imagem e semelhança"
Fernado Pessoa, muito obrigado pelas palavras esguias e sensíveis que me fizeram compreender melhor o português, pelo isolamento de uma alma triste e decadente... porque estás a ser o meu mestre, porque por causa tua não posso esquecer que sou um privilegiado por vivir durante uns meses na cidade onde morou a tua alma bohemia. Os meus mais sinceros cumprimentos.

2 comentarios:

Anónimo dijo...

uff ale aki toy comentando despues k haber olvidado a noxe... pa k luego digas :P
tampoco se muy bien k ponerte xk tanto portugues.. me ha dejado algo paya!! pero me encanta ver tanra culturilla junta!!!
un besoteee

João Pedro Pinto dijo...

um autentico génio criativo mas um ser alienado da sociabilidade. A presença dos outros oprimia Pessoa, por isso nada melhor do que viver a vida encarnando personagens diferentes. Experimentar novas profissões, novos passados, novas aspirações..