"Toda a vida na alma humana é o movimento na penumbra.
Vivemos, num lusco-fusco da consciência, nunca certos com o que somos, com o que nos supomos ser.
Cada um tem a sua vaidade, e a vaidade de cada um é o esquecemento de que há outros com alma igual. A minha vaidade são algumas páginas, uns trechos, certas dúvidas.
A solidão desola-me, a companhia oprime-me. A presença doutra pessoa descaminha-me os pensamentos, sonho a sua presença com uma distracção especial, que toda a minha atenção analítica não consegue definir.
Devaneio entre Cascais e Lisboa. Pedi tão pouco à vida e o tão pouco a vida me negou.
Nos nunca nos realizamos. Somos dois abismos- um poço fitando o céu.
O isolamento talhou-me à sua imagem e semelhança"
Fernado Pessoa, muito obrigado pelas palavras esguias e sensíveis que me fizeram compreender melhor o português, pelo isolamento de uma alma triste e decadente... porque estás a ser o meu mestre, porque por causa tua não posso esquecer que sou um privilegiado por vivir durante uns meses na cidade onde morou a tua alma bohemia. Os meus mais sinceros cumprimentos.
2 comentarios:
uff ale aki toy comentando despues k haber olvidado a noxe... pa k luego digas :P
tampoco se muy bien k ponerte xk tanto portugues.. me ha dejado algo paya!! pero me encanta ver tanra culturilla junta!!!
un besoteee
um autentico génio criativo mas um ser alienado da sociabilidade. A presença dos outros oprimia Pessoa, por isso nada melhor do que viver a vida encarnando personagens diferentes. Experimentar novas profissões, novos passados, novas aspirações..
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